Na escola, palestra lúdica trata de abuso e violência sexual

Em parceria com a Secretaria de Educação, Esportes e Cultura, o Departamento de Promoção Social de Novo Horizonte realizou, no Centro Educacional Novo Horizonte (Cenho), uma palestra lúdica com o tema “o despertar do afeto”. O objetivo foi tratar de questões relacionadas ao abuso e a violência sexual de crianças. Participaram da atividade turmas de alunos do pré III ao quinto ano. O conselho tutelar também acompanhou as palestras.

Marcia Nicola Franchini, diretora do Departamento de Promoção Social, explica que, por meio de dois personagens – Pipo e Fifi –, a palestrante, Jacinta Imig Smo, orientou as crianças e chamou a atenção sobre as partes do corpo que podem ou não serem tocadas por terceiros. Segundo ela, por meio da ludicidade, as crianças passam a ter condições de identificar o que pode ou não ser considerado abuso. “A escola é onde as crianças e adolescentes passam a maior parte do tempo. É nesse ambiente que os professores conseguem identificar algumas situações de violência psicológica, física ou sexual”, disse observando que com informações esse público é encorajado a denunciar.

Além de trazer informações, a palestra lúdica também busca, como pano de fundo, identificar se alguma criança está sofrendo algum tipo de violência ou abuso sexual. A ideia é que os alunos enxerguem nos professores um porto seguro, onde possam confiar. Ao avaliar a programação, Marcia considera como positiva. “É um assunto sério, onde muitos têm vergonha ou dificuldade de se expressar. Mas, com a atividade lúdica, a abordagem do tema fica mais leve e a participação aumenta. É isso que nós queremos”, confirma. 

Conforme a diretoria do Departamento de Promoção Social, as equipes trabalham o ano todo na identificação e no combate de eventuais casos, mas ações de prevenção são fundamentais e fazem a diferença. Marcia conta que o grande foco da pasta é a prevenção. “Precisamos informar as crianças, os professores, os pais e a sociedade. Nós estamos aqui para acolher, mas se for possível evitar, sempre vai ser melhor”, defende.