Novo Horizonte decreta situação de emergência devido estiagem
Com base nos dados levantados pela Epagri Ciram, os quais registram ocorrência de estiagem nos meses de junho, julho, agosto, setembro, outubro, novembro e dezembro de 2021, o município de Novo Horizonte decretou, na segunda-feira (3), estado de emergência. O decreto, que foi assinado pelo prefeito em exercício, Luiz Darci Zaffari, autoriza, entre outras questões, a mobilização de todos os órgãos municipais para atuarem sob coordenação da Coordenadoria Municipal de Proteção e de Defesa Civil (Compdec). A ideia é concentrar os esforços e otimizar os recursos para mitigar os impactos da estiagem no município.
Além de estabelecer as diretrizes de atuação, o documento também registra uma estimativa de perdas no período. Conforme os dados, a falta de chuva ocasionou uma perda de produtividade agrícola de aproximadamente 52,5%. Na área da pecuária de leite, o levantamento aponta uma queda de 20%.
De acordo com a administração, o decreto não muda a realidade da estiagem, mas permite que a gestão tome algumas medidas em favor da coletividade. Assinado no dia 03 de janeiro, após relatório e informações oficiais da Epagri Ciram, o decreto tem validade de 180 dias.
Situação
De acordo com o secretário de Agricultura de Novo Horizonte, Lucimar Viero, a situação mais crítica é no interior. Segundo ele, as lavouras foram afetadas e há escassez de água para o consumo humano e dos animais. Na tentativa de minimizar o problema, o município trabalha em tempo integral com dois caminhões pipa e um tanque agrícola de 4 mil litros na distribuição de água. Além disso, quadro tanques agrícola foram emprestados para produtores. Em torno de 40 propriedades são atendidas no sistema de rodízio, com entrega de água duas vezes por semana, em média. Pelo menos 12 famílias tiveram o problema de falta de água sanado com a regularização dos poços artesianos das comunidades de Santo Agostinho e Plataneia.
Viero registra também os impactos da estiagem no calendário de produção de silagem. “Devido ao baixo volume de chuva nos últimos meses, o milho da silagem “adiantou” e a demanda acumulou”. Por isso, a Secretaria trabalha com sete conjuntos de silagem – seis do município e um terceirizado – na tentativa de atender os pedidos dentro do prazo.